Alguns bancos digitais, como o Nubank e o Inter, oferecem todos os serviços financeiros de graça aos seus usuários.

Mas isso não significa que eles não têm custos com esses serviços.

Toda operação, como TED, geração de boleto, Pix, até a abertura de conta e a emissão e manutenção do cartão, tem custos para o banco digital.

Para que o usuário final consiga utilizar esses serviços, a instituição financeira ou de pagamentos precisa realizar uma série de validações com seus parceiros, como com o Banco Central, com KYC, com o emissor do cartão, com a processadora do cartão, com a bandeira do cartão e outros.

Independente da instituição, Nubank, Bradesco, Caixa ou qualquer outra, esses custos existem.

Como os bancos digitais conseguem oferecer esses serviços de graça?

Os custos são cobrados da instituição e a mesma pode escolher se cobrará ou não esse custo do seu usuário.

O modelo de negócio mais comum é a instituição passar esse valor com uma porcentagem a mais para o usuário. Por exemplo, o custo de uma TED para a instituição pode ser de R$3,00, mas ela cobra R$5,50 do seu usuário.

Esse é o modelo mais comum, pois é uma maneira da instituição financeira ou de pagamentos gerar receita.

Mas também é possível que a instituição assuma os custos e não cobre nada dos seus usuários, como é o caso do Nubank e outros bancos digitais.

Por esse motivo, o Nubank não tem seu faturamento positivo. Confira no infográfico a seguir:

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Mesmo com 20 milhões de clientes, o Nubank não possui lucro e o principal motivo para isso, é porque eles assumem os custos dos serviços financeiros e não repassam para o usuário.

Por que os bancos digitais aceitam ter prejuízo?

A forma como cada empresa enxerga seu banco digital é única e, geralmente, faz parte de uma estratégia maior.

O objetivo de um banco digital, não precisa necessariamente gerar lucro através das operações de pagamento, também pode ser ganhar mercado mais rápido ou obter informações dos usuários para construir outros negócios que trarão o dinheiro.

Além disso, dependendo onde o banco digital é implementado, este negócio pode ser uma forma de impulsionar outro. Como é o caso da Via Varejo que criou o BanQi, da Magazine Luíza que criou o Magalu Pay e do Mercado Livre que criou o Mercado Pago.

Esses bancos digitais surgiram para impulsionar os negócios de cada empresa. O Mercado Pago, por exemplo, nasceu com o foco de ser a conta digital dos vendedores do Mercado Livre. E traz resultados incríveis para a empresa:

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Qual a melhor opção?

Cada empresa, ao criar um banco digital, precisa identificar qual o público que atenderá e qual a proposta de valor única que entregará aos usuários, para aí sim decidir qual modelo de negócio seguirá, se repassará os custos para o usuário ou não. 

Grandes bancos, geralmente, não atendem bem nichos específicos, o que é uma grande oportunidade para quem quer começar sua fintech ou banco digital. Pois é possível criar um banco digital voltado para médicos, outro para microempreendedores ou para qualquer outro nicho, assim ficará claro qual a proposta de valor e o modelo de negócio que mais faz sentido.

É importante entender se a sua operação de banco digital será remunerada da forma convencional, cobrando uma porcentagem a mais do usuário por cada serviço que gera custo ou se será mais criativa, pensada em aumentar a venda ou utilização de outro produto ou serviço que é rentável.

Também é preciso escolher fornecedores com bons serviços e tarifas justas.

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